Mês 1, Dia 2, Trevo 4

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A poesia do mundo ainda me encanta. Como tudo se encaixa, como tudo é tão cheio de simbolos e valores, para quem se permite olhar. Não nego as atrocidades e desgraças, mas, ainda nessas, é possível encontrar o amor. Não quero, nem preciso compreender o universo, apenas tento dançar com a música una que ela compõe initerruptamente, ainda que não consigamos ouvi-la.

No fim do ano passado, cerca de uma semana atrás, na companhia do Vitão, do Tôca e do Rafous, uma mulher nos aparece com o "Jornal da Poesia". Comprei e dei para o Vitão como presente. Este, ao olhar de relance o jornal, percebera uma imagem interessante: um trevo de quatro folhas com as letras A-M-O-R em cada uma das folhas. O amor é incomum, raro, e quando se acha, é de fato, uma preciosidade. O trevo, é tão raro que é quase uma anomalia.

Voltando do meu almoço, hoje, 15 minutos atrás, observo um canteiro cheio de trevos, e, para minha surpresa, quase todos de quatro folhas! dezenas e dezenas de trevos que estavam calmamente descansando ao lado de uma árvore.

Se for assim, encontrei muito, mas muito amor. E ele estava ali, ao lado de uma árvore, convidando os olhos que quisessem ver.

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Irish Blessing

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Usando o PC num acesso raro a internet nas férias.

Férias fodas. Conquistas atrás de conquistas. Se seguir o rumo, 2007 vai ser um dos anos mais fodas, se não o MAIS foda de todos os tempos. Tanta coisa aconteceu, mais tanta, que não descreverei, mas lembrarei cada instante e a intensidade que os momentos ocorreram.
Foi bom rever um pessoal das antigas, outros que foram meus melhores amigos na adolescencia, rever antigas paixões e aproveitar cada segundo. Óbvio que nunca parece ser o suficiente, e o conhecido "Tá sumido" será o pontapé inicial de diversas conversações que ocorrerão. Dane-se. As férias foram ( e estão sendo) umas das melhores, e o semestre já se inicia com diversos planos e atividades fodas, como o francês e o curso de psicopatologia no HC.

Que o universo continue a conspirar a favor de todos nós.

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O Labirinto do Fauno

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1º de janeiro não poderia ter saído melhor.

O dia conclui com ótima companhia e um dos filmes mais fantásticos dos ultimos tempos: 'O Labirinto do Fauno'. O universo criado por Del Toro, os efeitos especiais, a agressividade e a inocência, as referências a inúmeras obras literárias, atuações fantásticas e uma história que me fez permanecer em torpor um bom tempo depois do término filme, fazem com que este seja um dos melhores filmes do ano, e com certeza, vencedor de muitos prêmios.

Na história, uma garota e sua mãe se mudam para uma região da Espanha onde ainda há combates da Guerra Civil. No jardim da mansão em que mora a garota encontra um labirinto, que a leva a um mundo de fantasia.

Recomendo.

Com certeza essas férias serão recheadas de sessões de cinema. O próximo filme, provavelmente, será "O segredo de Beethoven", que, apesar dos críticos considerarem um filme 'mediano', tem tudo para ser fantástico.

Conversas e mais conversas marcaram esse o começo deste que começa com gosto de algodão-doce em parque de diversões.

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O Encontro com o Encontro

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1º de janeiro de 2007

Virada. Alguns bons amigos. Mas não é isso que está em meu coração agora. Não que eu não tenha gostado, o contrário, gostei muito, até descobri a praça que quero visitar muitas vezes.

Nesse primeiro dia nublado, onde o céu chora e para. Acordo e não tem ninguém em casa, o que é compreensível, pois são 15h e todos foram almoçar / sair.

Ligo a TV: Telecine passando ‘Meet Joe Black” ou “Encontro Marcado”, em português. Já havia assistido, e pelo que me lembrava, era um dos melhores filmes que já assisti na minha vida.
Queria ir no cinema, assistir “o Labirinto do Fauno”, mas o filme é daqueles que nem todos gostam, cheio de simbolismos e encontros, companhia para ele, só a noite, provavelmente.

Assisti então o “Encontro Marcado”.

Deuses.

Definitivamente concorre, para mim, como o meu filme favorito. Tantas coisas que me tocaram, me fizeram rever, repensar e perceber a sutileza dos diálogos. O elenco é fantástico, mas existe muito mais, algo que palavras não conseguem descrever, não as minhas palavras, não agora.

O tema abordado relembra muito os livros ‘Intermitências da Morte’ do Saramago ( apesar do filme ser bem mais antigo ) e, de certa forma, ‘A Cura de Schopenhauer’, do Irvin Yalom. Ainda assim, a poesia do filme perpassa quaisquer ‘concorrentes’.

O filme me fez chorar. Estranho, porque me fez chorar muito. Mais estranho ainda porque eu já havia assistido o filme e sabia todo seu enredo, mas isso não impedia meu choro. Comecei a soluçar, a abaixar a cabeça e repirar de forma ofegante. No fundo, não sabia mais a razão do meu chorar. Não era o filme em si que me fazia daquele jeito, mas foi a viagem ao centro de me mim mesmo que ele me carregou, de forma muito acolhedora, que me fez sentir. Não pensar, refletir, racionalizar. Sentir. E eu me senti livre. Não estava nem estou triste, mas chorei ao ponto de chegar a exaustão.

Fazia 4 anos que eu não chorava assim. Algum filme triste derrubava uma lágrima, mas chorar mesmo, ia fazer uns 5 anos esse ano. Não fez. O ano começou me libertando de algo que estava dentro de mim, do garoto de 14 anos que chorou por si pela ultima vez. Pelo jovem de uns 17, religioso, que chorava em acampamentos.

Hoje foi o homem que vai fazer 21, que deu um abraço em todos os meus ‘eus’ simbólicos, de 06 a 20 anos, e chorou a cada encontro. Aquele abraço com gosto de despedida, uma mistura de ‘Adeus’ e ‘Até logo’, seguido de um grande sorriso de ‘Sou eternamente agradecido. Muito obrigado mesmo’. Foi o meu ‘encontro não marcado’, organizado através da sincronicidade quando permitimos os encontros e desencontros conosco e com o mundo.

E é linda a poesia que se encontra em ser exatamente o primeiro dia do ano, o começo, ou re-começo.

E o ano, definitivamente, não poderia ter começado melhor.

E ainda são 18:20. =D

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Mana Mana dos Muppets!!!

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AHHHH

MUPPETS!!!

Nossa, quando eu vi esse vídeo, me senti com uns 4 anos e novo. Perdi até o número de vezes que eu já assisti.

auehoiauehiouahioauhioauhoeiuah

Demaaaais! Eu rio MUITO!

Não paro de cantar. Anima até defunto!

Mana Mana
Tututuruuuu

Mana Mana
Tuturutuuuu

Mana Mana
Tururutururutururututututuuuu

ahoeiuehaioeuhoaiehioa

\o/

Será que vende temporada dos Muppets???
=D

Assistindo pela 156465121 vez.

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Medo

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Tenho medo de gente e de solidão; tenho medo da vida e medo de morrer; tenho medo de ficar e medo de escapulir; medo que dá medo do medo que dá. Tenho medo de ascender e medo de apagar; tenho medo de esperar e medo de partir; tenho medo de correr e medo de cair.

O medo é uma linha que separa o mundo, o medo é uma casa aonde ninguém vai; o medo é como um laço que se aperta em nós, o medo é uma força que não me deixa andar. Tenho medo de parar e medo de avançar; tenho medo de amarrar e medo de quebrar; tenho medo de exigir e medo de deixar, medo que dá medo do medo que dá.

O medo é uma sombra que o temor não desvia, o medo é uma armadilha que pegou o amor, o medo é uma chave, que apagou a vida; o medo é uma brecha que fez crescer a dor.

Medo de olhar no fundo, medo de dobrar a esquina; medo de ficar no escuro, de passar em branco, de cruzar a linha; medo de se achar sozinho, de perder a rédea, a pose e o prumo; Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo.

Medo estampado na cara ou escondido no porão, o medo circulando nas veias ou em rota de colisão, o medo é do Deus ou do demo, é ordem ou é confusão. O medo é medonho, o medo domina, o medo é a medida da indecisão.

Medo de fechar a cara, medo de encarar; medo de calar a boca, medo de escutar; medo de passar a perna, medo de cair; medo de fazer de conta, medo de dormir; medo de se arrepender, medo de deixar por fazer.

Medo de se amargurar pelo que não se fez; medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H, medo de morrer na praia depois de beber o mar.

Medo... que dá medo do medo que dá

Lenine é Deus.

E eu tenho medo, MUITO medo.

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Pra que chorar (vídeo)

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Para quem quiser ouvir a música citada abaixo. Versão fantástica com Zeca Pagodinho.

Endereço de um blog no vídeo, mas dá pra sobreviver.
^_^

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Pra que chorar?

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Ontem eu cheguei num nível de angústia tão grande e tão complexo que perdi o rumo.

Hoje, tive terapia as nove da manhã. Honestamente, eu me satisfaria sendo apenas uma fração de terapeuta, de cuidador que a minha consegue ser. Toda angústia leva a reflexão numa intensidade bem maior do que a usual. Transformar isso numa mudança, daquelas que marca a sua vida é um trabalho divino. Ela fala suave, com uma calma, uma fala transformadora sem ser incisiva, um olhar acolhedor, um espelho quando eu preciso me observar melhor.

Após anos de terapia, se sofre inúmeras mudanças grandes, mas algumas são como o inicio de um movimento magicamente especial ao centro de si mesmo. Essas mudanças são colossais, e são, definitivamente, lembradas com muito carinho. Ser um cuidador é uma arte, se permitir ser cuidado é outra, eu diria.

Eu sinto vontade de rir, de pular, de dizer como é bom ser humano outra vez. Juro que já havia esquecido. Havia esquecido a grande dor de ser um também, mas relembrei sua poesia. E como é familiar e (in)tenso esse lugar.

Ontem acabou por desencadear o fim do movimento e me fez relembrar um lugar muito especial:

Almodóvar me permitiu alcançar esse lugar,
A Cláu me permitiu ontem alcançar esse lugar,
A Palominha me permitiu ontem alcançar esse lugar,

E que lugar maravilhoso eu me permiti (re)descobrir.

“Pra que chorar, pra que sofrer, se existe um novo amor, em cada novo amanhecer? Pra que chorar se existe amor, se a questão é só de dar, se a questão é só de dor?”
-Pra que chorar, Vinícius de Moraes.

Poesia maravilhosa, que se relida acima da primazia positivista que se instala na primeira leitura, permite o encontro e o desencontro com nosso próprio pesar.

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Eu

  • Um sujeito simples. Composto por vários apostos. Único.
  • Qualquer que seja a sua visão sobre mim não reflete na verdade quem eu sou. Será apenas mais um ponto de vista.

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